quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A bela e a fera

O futebol e suas interessantes estórias.
Num rápido bate-papo sobre futebol, tive a satisfação de cumprimentar uma jovem e apaixonada torcedora do Clube Náutico Capibaribe. A garota chama-se Suzan e disse ser fã inccondicional do jogador Kuki, um ídolo que faz parte da história recente do Clube, e com muitos méritos, pois está ao lado de Fernando Cavalheira, Bita , Baiano e Bizu. É inegável o carisma do baixinho, porém na opinião da jovem torcedora, o jogador Kuki não é somente um ídolo, mas sim o jogador mais bonito do mundo. Menos né, Suzan! É mais um caso que lembra o famoso conto A bela e fera.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Caso Eloá ou Lindembergue?

Observei atentamente os fatos que envolveram mais uma tragédia urbana ocorrida entre os dias 13 e 17 de outubro de 2008, que pela repercussão dada pela mídia nacional ainda vai dar muito que falar.
Lembrei de um amigo escritor e poeta, companheiro dos tempos de caserna, que em seus comentários a meu respeito expressava não raro, mesmo sem minha concordância a opinião que me intrigava. Dizia ele: Meu caro amigo, você leva as coisas muito a sério. Pois bem, após analisar diversas opiniões sobre o sequestro ocorrido em Santo André-SP, o qual resultou na morte da garota Eloá, de quinze anos de idade pelo namorado de vinte e dois anos, resumo o seguinte:
1. Coitado do Lindembergue, "rapaz bom", sem nenhum passado criminal, que diante de uma crise amorosa – diga-se de passagem – o amor é o sentimento mais sublime do mundo, não queria outra coisa, senão reatar a relação amorosa tida com a garota durante três anos. Acuado pela ação policial durante quase cinco dias, tinha somente planejado uma conversa "amigável" com a garota e seus amigos de escola. Achou, entretanto, necessário adquirir uma arma (revólver calibre 32 e apenas e tão somente trinta cartuchos), talvez para garantir a sua sobrevivência
2. A amável Eloá, garota precoce que aos doze anos, aceitara com o consentimento dos pais namorar um rapaz de dezenove anos de idade, sem imaginar que a relação seria duradoura e que a idéia de posse tomaria conta do namorado;
3. A bondosa Nayara, amiga inseparável de Eloá, retirada do apartamento após uma negociação entre a polícia e o seqüestrador, que numa prova de coragem ou de “loucura” voltaria à cena do crime, tornando-se novamente refém e parcialmente vítima;
4. A polícia, principal alvo das posteriores investigações, deve ter sido "culpada de tudo". Como não é nenhuma novidade, despreparada, mal aparelhada, usando como munição apenas bala de borracha, indubitavelmente para preservar a vida do apaixonado seqüestrador teria, talvez, atrapalhado a boa intenção do rapaz. Digo isso, após saber que o Ministério Público, Polícia Científica e DPCA estarem dispostos a investigar os erros cometidos pelos policiais envolvidos;
5. Os pais, cabe-me parabenizá-los por representarem o que de mais moderno existe no mundo atual, pois consentiram o namoro da querida filha de doze anos com o amoroso gato de então, dezenove anos de idade;
Finalmente, resta-me concordar com o grande amigo Evandro Brandão, realmente eu peco por levar as coisas muito a sério, num país que de há muito já se questionou sobre sua seriedade. O que menos importa, entretanto, é se o caso é Eloá ou Lindenbergue, pois ambos infelizmente alcançaram a maldita fama.
Nota: Conforme matéria divulgada pela imprensa de São Paulo, Lindembergue fez aos amigos mais próximos, na semana anterior ao ocorrido a seguinte declaração: Na próxima semana serei notícia, ficarei famoso!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Clássico dos Clássicos

Durante a semana que antecedeu o clássico Náutico e Sport, jogo que envolve duas tradicionais equipes do futebol brasileiro, criou-se um clima de grande expectativa na capital pernambucana, mas principalmente por parte da imprensa, que naturalmente vive da notícia e muitas vezes do sensacionalismo.
Sport Clube do Recife se encontrando numa situação privilegiada no campeonato brasileiro, tendo em vista a conquista da Copa do Brasil, seria naturalmente o favorito. Conta, sem dúvida, no momento atual com a melhor equipe do Nordeste. Porém, a rivalidade e a tradição são fatores que podem e devem ser levados em conta num confronto que representa parte da vida e da história da nossa gente e de famílias tradicionais do Recife e do estado de Pernambuco. Por isso, não era um simples jogo de futebol, mas sim um confronto que envolve outros aspectos, muitas vezes desconhecidos da maioria dos apaixonados torcedores. O grandioso Clube Náutico nos últimos anos assiste a ascensão do seu principal rival e não poderia perder a partida nesse domingo 19 de 0utubro de 2008, pois o risco de queda para a indesejada segunda divisão é uma dura e triste realidade. Foi, então, que tive a satisfação de presenciar além de um grande jogo de futebol, virtudes como dignidade e a honestidade, presentes durante toda a partida. E tudo aquilo que foi comentado durante a semana, somente serviu para abrilhantar uma das melhores partidas de futebol dos últimos anos, terminada com um justo empate em dois a dois. Portanto, parabenizo as equipes de Náutico e Sport, por terem proporcionado aos amantes do bom futebol um jogo digno da tradição dos dois clubes e de todo o povo de Pernambuco. Futebol é arte e violência é coisa que tem que ser abolida!