domingo, 5 de julho de 2009

ATÉ ONDE VAI A RIVALIDADE?

No meio da semana aconteceram duas decisões em Porto Alegre. Por incrível que pareça minhas previsões se confirmaram, pois na quarta-feira (1º Jul) os tricolores gremistas comemoraram o fracasso do Internacional diante do Corinthians, campeão da Copa do Brasil/2009, e na quinta-feira (02 Jul) a comemoração ficou por conta dos colorados com a eliminação do Grêmio da decisão da Libertadores (o Cruzeiro conquistou o direito de decidir com o Estudiantes, nossos irmãos germanos), deixando a capital gaúcha fora da decisão do maior torneio continental. Fico pensando, será que desta vez valeu a pena torcer tanto contra o principal rival?
Os clubes de Pernambuco também são rivais ao nível de Grêmio e Internacional, mas tenho dito que a diferença é a seguinte: enquanto eles decidem torneios e campeonatos, a gente luta para não cair, ou às vezes para saber quem é o menos ruim (exceção para a conquista da Copa do Brasil/2008 pelo Sport e o discutido título brasileiro de 1987). No nosso caso é hora de repensar, pois gostaria que me dissessem quando um grande clube do sul ou sudeste do país ficou mais de um ano na segunda divisão? Ora, quando ocorre a queda de um deles, o socorro acontece de imediato, como foi o caso do Corinthians, que além dos privilégios já conhecidos, teve na série B de 2008 praticamente todos os seus jogos transmitidos pela TV e um investimento de “somente” R$ 40 milhões. E pasmem! Vale salientar que a série B é presidida simplesmente pelo Sr José Neves, tricolor e Ex-presidente do Santa Cruz, clube atualmente na famigerada quarta divisão do futebol brasileiro. Vejam só, é hora gente de acordar e esquecermos um pouco essa rivalidade e ver que o Nordeste precisa se fortalecer, principalmente para conquistarmos uma melhor posição no cenário nacional. Convém lembrar, que há bem pouco tempo Vitória e Bahia, estavam juntos na terceira divisão e atualmente Fortaleza e Ceará lutam na séríe B para não caírem. Onde fica o nosso orgulho de ser nordestino estampado nos carros e nas camisas?
Finalmente, gostaria de frisar que não sou contrário ao crescimento dos grandes clubes do sudeste e sul do país, apenas acho que os privilégios são visíveis e isso tem feito indubitavelmente a grande diferença. Está na hora dos dirigentes pernambucanos trabalharem com mais competência e deixarem o clima de rivalidade com os fanáticos torcedores. Tenho dito!