domingo, 24 de agosto de 2008

Sinistro indesejado

Foram oportunidades inesquecíveis, mas totalmente indesejáveis. Aos dois anos de idade em Angelim, cidade do agreste de Pernambuco, parecia que era o fim. Mas, aí surgiu a mão salvadora de Pedro das cobras, médico e cirurgião sem formaçao daquele longínquo lugar, próximo a linda cidade de Garanhuns, a Suíça brasileira. O padre já havia sido chamado para dar a extrema-unção ao menino magricela e de vela na mão, costume do lugar para àquela situação. Em mais pelo menos três oportunidades com o sinistro voltei a me deparar, por esse motivo resolvi homenagear, como já o fez vários e famosos poetas.

Ó morte! Quantas vezes eu te vi,
Mas não te reconheci,
E continuei vivendo...

... Ó sinistro indesejado,
Quantas vezes me vi partindo,
Para um mundo inesperado.

Esta e outras poesias se encontram no livro "1973, é o tempo que faz", autoria de Ademar Rodrigues.

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