quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Olimpíada/Oscar/Opinião

Durante a transmissão de uma partida de basquetebol válida pela Olimpíada/2008, o campeoníssimo atleta brasileiro Oscar Schmidt, opinou sobre o comportamento do jogador brasileiro. Disse ele: Os nossos jogadores precisam voltar a querer e gostar de jogar pela seleção, assim como acontece com argentinos e americanos.
Muitos motivos me fazem concordar com a opinião, mas para justificá-la citarei alguns fatos. Em 1974, o Rei Pelé não aceitou participar do mundial e declarou à Imprensa que era para dar vez aos mais jovens. A justificativa apresentada foi compreendida pela maioria, principalmente por se tratar de um genial jogador, participante de quatro mundiais e com três títulos conquistados. Contava o maior jogador de todos os tempos, então com apenas 33 (trinta e três anos) de idade. Na copa de 1986, o lateral Leandro do Flamengo também se negou a participar, logo após o corte do seu amigo Renato Gaúcho. Para surpresa geral foi convocado um ilustre desconhecido e que seria uma das revelações daquele mundial. Josimar do Botafogo assumiu a vaga, mesmo sem ter contrato com o Clube que defendia. Também no mesmo ano, o zagueiro Júlio César anunciaria após a Copa que não mais vestiria a camisa da seleção. Finalmente em 2006, o desinteresse demonstrado em campo pelos nossos jogadores foi tão flagrante que proporcionamos uma vergonha, talvez maior que a de 1998, quando fomos derrotados pela França na final por um placar surpreendente de três a zero. E somente para variar, após a última Copa o goleiro artilheiro Rogério Ceni, Juninho Pernambucano e Zé Roberto também anunciaram o afastamento definitivo da seleção brasileira, todos com idade e reconhecidas condicões física e técnica de continuarem jogando. Diante dos fatos, precebe-se claramente que a camisa da seleção serve ao interesse de um pequeno grupo de dirigentes e jogadores, não à defesa das cores e da bandeira nacional.
Portanto parabéns ao digníssimo Oscar, maior atleta brasileiro de basquete de todos os tempos, pela sincera e corajosa opinião. Ele que sempre defendeu com garra, determinação e amor as cores do Brasil, um exemplo que infelizmente não é seguido. Tenho dito!

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